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terça-feira, abril 25, 2006

Às vezes, eu sinto falta de um fim de tarde poético na beira de uma praia, com um lindo sol se pondo ao horizonte. Penso que talvez assim as palavras voltem a fluir com maior facilidade e beleza. Já nem lembro mais quando um ar poético invadiu os meus pulmões e encheu meus olhos de versos que nunca fui capaz de escrever.

Sim, houve um tempo em que havia muitas palavras bonitas rondando a minha cabeça. Hoje, há apenas o cotidiano. Não que ele seja ruim, o que de fato não é. Tenho tido dias muito felizes. Acontece que me falta um pouco de inspiração para transformar esta felicidade em algo que você possa entender. Na verdade, não é inspiração em si, mas talvez um pouco da costumeira preguiça que tem me acometido nos últimos tempos. E eu confesso que já nem sei o que você quer ouvir... Entretanto, continuo escrevendo, escrevendo e escrevendo, pois sei que alguém ainda me ouve...

Eu sinto mesmo a falta de um fim de tarde poético. Sinto falta de deixar pegadas nas areias da imaginação e brincar com as ondas de palavras que finjo o tempo inteiro não escutar.

Estou cansada da mesmice verbal em que me encontro...