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segunda-feira, setembro 29, 2008

Sou madura??? =P

"Quando somos crianças, somos um pouco de cada coisa. Artista, cientista, atleta, erudito. Às vezes parece que crescer é desistir destas coisas, uma a uma. Todos nos arrependemos por coisas das quais desistimos. Algo de que sentimos falta. De que desistimos por sermos muito preguiçosos, ou por não conseguirmos nos sobressair, ou por termos medo".

(Kevin Arnold, no episódio "Coda") – Anos Incríveis




Eu odeio pessoas maduras. Ou melhor, pessoas que se acham maduras. Porque madura mesmo, só a minha avó. E olha lá, que de vez em quando ele tem uns acessos de criancice.


E assumo.




Odeio quando tenho atitudes maduras. Do tipo deixar de sorrir, e levar as coisas a sério demais. Do tipo comer chocolate não porque é uma delícia, mas porque estou triste. Do tipo parar de sonhar e começar a ficar pessimista. Do tipo ter medo de qualquer coisa que não seja o Escuro. E escrever e ler e se identificar com textos de auto-ajuda que ficam te ensinando a ser feliz, e a viver. Como se fosse preciso. E analisar, e remoer, e se arrepender, e guardar mágoa, e julgar. Ter crise de auto-estima. De auto-confiança. De falta de fé. Odeio saber demais. E pensar demais. E não ver o meu pai como um Super Herói. E não ser sincera sempre. Nem mesmo quando as pessoas me perguntam se está tudo bem. Não quero mais me esconder. Nem chorar por muito tempo. Ou, pelo menos, só chorar quando tiver público. Nem ter vergonha do que eu sou.




Pensando bem, eu sou madura pra caralho. Imatura é a Vó. Que mulher!!!

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No dia em que ele me enxergou...



No dia em que ele me enxergou, eu vi que não havia mais nada para nós. No dia em que ele finalmente me enxergou, eu o vi, e ele já não significava nada para mim.
E ele me enxergou, ele viu tudo, ele leu minha alma, ele falou, falou, falou, ele me conhecia por inteiro, ele me descreveu em detalhes e nuances, enquanto eu chorava e pensava: já não há mais nada, essa história acaba aqui.

Ele me desenhou com palavras, me mostrou meu espírito, me disse que meus olhos eram estrelas a alumiar a escuridão da vida dele. E eu pensando: não mais, não mais. Teu sorriso ilumina uma sala, uma casa, uma rua, uma cidade, uma vida. E eu só pensava: todo esse amor para nada, todo esse amor para nada e aquilo a me doer e me doer e me doer, e o pranto era quase como um soco vindo de dentro, era quase como uma convulsão, uma quase violência do corpo contra si.

E quando ele se calou, levantei-me e saí, esperando que o vento levasse aquele peso embora, levasse aquela tristeza embora, levasse aquele nó da minha garganta, pois não havia nada a ser dito. Não mais.
Sentia minhas pernas pesadas e os passos arrastados. Parecia que andava na neve. Como seria andar na neve? Nunca vi neve, mas meu coração estava gelado como um floco de neve. Há algo de belo na tristeza, há algo de verde na tristeza, verde de esperança. Mas naquele exato momento, não havia nenhuma esperança em meu coração, apenas o frio e a tristeza do frio e de saber que amar tanto quanto eu tinha amado não queria dizer nada, não me trouxe sequer um alento de felicidade, uma chama fraca, não, apenas o vazio do frio.


E Ele de certo pensava... Onde ela vai? Porque me deixa? Agora que eu disse tudo, tudo, tudo o que eu sempre quis dizer? Porque ela me deixa sabendo que eu a amo tanto? Porque eu não consigo dizer nada nem fazer nada? Porque minha voz não sai, eu não me mexo, eu não consigo, eu não consigo, não vá! Por favor não vá.

Sempre é tarde demais. Sempre é tarde demais. Quando enxergamos verdadeiramente alguém, talvez seja tarde demais


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